O Crime da Aristocrata: A Gangue Secreta por Trás de um Assassinato de Quase 700 Anos
- Guilherme Ribas

- 18 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de jun.
Um intrigante caso de assassinato ocorrido há 688 anos em Londres está revelando novas e fascinantes informações sobre o submundo do crime na Inglaterra medieval. O assassinato de um capelão, John Forde, em maio de 1337, não foi apenas um ato de violência isolado, mas possivelmente a ponta de um iceberg que envolvia uma gangue, extorsão e a surpreendente participação de uma aristocrata.

O Crime e a Conexão Aristocrática
John Forde foi atacado e morto em plena luz do dia por um grupo de homens. Testemunhas da época identificaram os agressores, mas o que chama a atenção é a figura de Ela Fitzpayne, uma rica aristocrata que, segundo os relatos, teria ordenado o ataque. Apesar de ser apontada como a mandante, Fitzpayne nunca foi levada à justiça, um reflexo do poder e da influência que a nobreza exercia no sistema legal da época.
Uma Reviravolta na História: A Gangue de Fitzpayne
Novas pesquisas e análises de documentos históricos sugerem que a motivação por trás do assassinato de Forde pode ter sido muito mais complexa do que se imaginava. Acredita-se que o capelão não era apenas uma vítima, mas sim um membro de uma gangue liderada pela própria Ela Fitzpayne. Este grupo estaria envolvido em uma série de atividades criminosas, incluindo roubos e extorsão, aterrorizando a região.
O assassinato de Forde, nesse contexto, pode ter sido o resultado de um conflito interno na gangue ou uma vingança de um grupo rival. Essa nova perspectiva lança luz sobre a brutalidade e a complexidade das relações no submundo medieval, onde a lealdade era fluida e a violência, uma constante.
O Papel das Mulheres no Crime Medieval
A história de Ela Fitzpayne desafia a visão tradicional do papel das mulheres na sociedade medieval, geralmente vistas como figuras passivas e submissas. A sua posição como líder de uma gangue de homens demonstra que algumas mulheres conseguiam, de fato, exercer poder e autoridade, ainda que no universo do crime. Este caso se soma a outras evidências históricas que revelam a participação ativa de mulheres em diversas atividades criminosas, desde pequenos furtos até crimes de grande repercussão.
Vingança e Justiça na Idade Média
O caso do assassinato de John Forde também nos oferece um vislumbre da cultura de vingança que prevalecia na Inglaterra medieval. Em uma época em que o sistema de justiça criminal ainda estava em desenvolvimento, a vingança pessoal era uma prática comum e, em muitos casos, socialmente aceita. A morte de Forde, portanto, pode ser entendida não apenas como um crime, mas como um ato de retaliação dentro de um ciclo de violência.
Conclusão
A reanálise deste antigo caso de assassinato nos permite mergulhar na sombria e fascinante realidade da Inglaterra medieval. Longe de ser um período de contos de fadas e cavaleiros honrados, a Idade Média foi também um tempo de violência, crime e intriga, onde gangues lutavam por poder e influência, e onde até mesmo membros da aristocracia podiam estar envolvidos nas mais obscuras atividades. A história de John Forde e Ela Fitzpayne é um lembrete de que o passado ainda guarda muitos segredos a serem revelados.
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